Subiu de 2,3% para 3,9% a potência de energia solar instalada no Acre, que se mantém, desde janeiro de 2020, como o 26º Estado no ranking da geração de energia solar no país.
Quase o dobro do que era no começo deste ano, o avanço da energia solar mostra que os acreanos estão muito interessados em fontes renováveis e de menor custo. Os dados foram atualizados no último dia 2 de julho.
É possível que esta seja uma tendência proporcionada pela pandemia da Covid-19: “Tendências que ainda estavam em estágios iniciais foram aceleradas e consolidadas nestes primeiros meses de pandemia. Um exemplo são as compras on-line. Segundo dados da consultoria McKinsey & Company, 40% dos consumidores brasileiros estão fazendo mais compras on-line durante a pandemia, mesmo havendo cortes de gastos. Além disso, 35% dos consumidores afirmam que pretendem diminuir idas a lojas físicas mesmo após a pandemia. Outro exemplo é o crescimento da prática de home office: 30% das pessoas afirmam que trabalharão mais de casa após a pandemia, segundo a consultoria Accenture”, relata Leandro Tavares no artigo “Pandemia muda perfil do consumidor, que passa a priorizar a sustentabilidade”, publicado pela Comex do Brasil.
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar fotovoltaica representa 99,8% das instalações de geração distribuída do País, num total de 171 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede e mais de R$ 10 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais.
A Absolar sempre alerta que, embora siga avançando nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua com um mercado ainda muito pequeno e está aquém de países líderes no setor, como Austrália, China, EUA e Japão, entre outros.
Lideranças políticas do país e do Acre, demonstram que há um consenso suprapartidário sobre a importância estratégica da energia solar fotovoltaica para o desenvolvimento econômico, social e sustentável no país.
Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná mantiveram as primeiras posições no ranking, enquanto Mato Grosso voltou a perder posições e caiu para 11ª posição, perdendo para um velho concorrente, Santa Catarina, que passou para o sétimo lugar.